O interesse por estudar em casa surgiu através de pesquisas na internet. O inglês foi o ponto de partida para o ingresso na nova modalidade de ensino. Sua rotina de estudos é bastante intensa desde o primeiro ano do Ensino Médio.
Para provar a eficácia do homeschooling, Elisa começou uma maratona de vestibular, conseguindo sucessivas aprovações. No entanto o bom desempenho não a fez alcançar seus objetivos.
Em 2020 aos 17 anos, a estudante alcançou quase mil pontos na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Com esse desempenho ficou classificada em 5º lugar, no Sistema de Seleção Unificado (SISU), concorrendo a uma vaga para o curso de Engenharia Civil da Escola Politécnica de São Paulo.
Por não ter frequentado o ensino convencional, Elisa foi impedida de ingressar no curso superior. Para emissão do parecer contrário à entrada de Elisa na universidade, a juíza Erna Tecla Maria, se baseou no fato de o homeschooling não ser legalizado e não estar aptos a emitir certificação. A juíza também alegou que a estudante não comprovou altas habilidades e maturidade mental para cursar o ensino superior, pois pode ter tido prejuízos por não frequentar uma escola regular.
Para o Supremo Tribunal Federal (STF), o homeschooling não é inconstitucional, porém necessita de uma norma para funcionamento.
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Impedimento de entrar na universidade não barra os sonhos de Elisa
Através de uma liminar a aluna obteve o direito de se matricular. No entanto, a universidade poderia recorrer e ganhar a causa. Sendo assim, Elisa teria que deixar o curso. Levando em consideração essa situação, a família optou pela desistência do processo.
Apesar de tudo, a jovem se mantém firme e com o objetivo de frequentar uma universidade. Ela pretende garantir uma bolsa de estudos no exterior. A aluna também já recebeu diversas propostas de trabalho.
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